Sou um espírito livre;
uma essência eterna que, como outras iguais, vagueará para sempre, de corpo em
corpo, na eternidade da mente.
Fui peixe que sabe o
que é viver sob dois céus; um de água, outro de ar. Fui pássaro que sabe o que
é estar no céu sem lhe poder tocar. Fui animal que sabe o que é ser presa e
predador. Fui arbusto que sabe que nunca será robusto como uma árvore nem
delicado como uma flor. Fui rio que sabe que nunca voltará a nascer sempre que
morrer no mar. Fui rochedo que sabe o que é preciso para ser forte e
perseverar.
Orgulho-me de tudo o
que fui em cada existência que passou; precisei de ser homem para me
envergonhar do que sou.
6 comentários:
completamente LIVRE? E de tudo o que foste, o que mais gostaste de ser?
Nada (literalmente). Ser nada é consideravelmente fixe.
é, mas é preciso ser-se alguma coisa para se saber o que é ser nada. ser tudo parece-me infinitamente mais fixe.
Isso de ser tudo soa-me a tédio divino, ou outra demência qualquer. Ser nada é qué BÃO! (ahah)
capaz. faz parte das dualidades do universo, tem de haver tédio para haver diversão ;)
Haja alguma coisa (incluindo o nada). :D
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