Oh, tivesse eu um livro
para fazer de papagaio para fazer de imaginação para fazer de papel. Era vê-lo
passear nas costas do vento, sem pedais nem volante nem espelhos nem assento.
Ia ser um virar de página que era terra que era erva que era lençol de rio a
desfiar palavras, fio a fio. E eu, um menino encantado, de livro nos joelhos, a
ler sonhos de novos e velhos como se tudo fosse ali inventado.
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