quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

o livro papagaio

Oh, tivesse eu um livro para fazer de papagaio para fazer de imaginação para fazer de papel. Era vê-lo passear nas costas do vento, sem pedais nem volante nem espelhos nem assento. Ia ser um virar de página que era terra que era erva que era lençol de rio a desfiar palavras, fio a fio. E eu, um menino encantado, de livro nos joelhos, a ler sonhos de novos e velhos como se tudo fosse ali inventado.

Sem comentários: