Se queres que te aceitem
como és, aceita que nem todas as pessoas te aceitarão por causa daquilo que
elas são. É uma tragédia? Não. As pessoas têm direito a essa opção. Têm direito
a errar na escolha sem te conhecerem. Têm liberdade para escolherem pessoas
piores do que tu apesar de, a essas, as conhecerem. É a irracionalidade dos
afectos. Não é possível analisar as falhas da razão em todos os aspectos. Certas
falhas da razão são culpa do coração. São os dentes do animal de estimação que,
num dia de desentendimento, sem remorso nem lamento, nos mordem a mão. E a
culpa é dos dentes do peixe, do réptil, do gato ou do cão? Não. A culpa é
nossa, por lhes estendermos a mão. E depois? Depois, é a vida. Continua-se com
a aprendizagem dos erros, de cabeça levantada e decidida, mesmo que todos os dias nasçam de um parto a ferros.
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