quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

novo romance - Terra Fria

Olá.
Já saiu o meu novo romance “Terra Fria”. Brevemente disponível nos distribuidores habituais. O livro estará a preço reduzido de lançamento até ao fim do mês (28 de Fevereiro de 2014). Aproveitem.


imagen: Manuel Alves

3 comentários:

Unknown disse...

Há 4 dias atrás consegui "extorquir" do Manel, o seu "Terra Fria", com um bocado de piedade da sua parte pelos vários anos em que já nos conhecemos. Acabou por ser a primeira obra que li de sua autoria. No entanto, e de forma distanciada, esquecendo o maluco que ele é vou tentar comentar/reflectir um pouco sobre o que encontrei.

Atribuo a "Terra Fria" uma nota 8/10.

Se avaliasse a história em termos de falhas, teria que lhe dar um 10 porque o texto tem uma limpeza exemplar. Tem coerência: na história (tensão, conflito); nas imagens (símbolos); na gramática, no ritmo; nessa "treta" toda necessária a um bom livro.
(Só para meter nojo - encontrei meia dúzia de gralhas), mas nem as apontei.

Agora vou explicar porque não lhe atribuo a pontuação máxima. A causa diz respeito aquela coisa das tripas que lêem, ou seja, e fazendo um eufemismo - O gosto pessoal.

De facto, eu até devia adorar esta história. Porquê? Porque sou quase conterrânea do lugar da acção, conheço as serras, os campos e o trabalho que esses lugares exigem. Sei pegar numa foicinha e cortar erva. Porque mesmo tendo 31 anos, e não tendo sentido na pele o peso do Estado Novo, ele está nas privações dos meus/nossos ascendentes. Bastava dizer que o "burro" do meu pai não fugiu para França, e foi 14 meses para Moçambique. Depois disso foi novamente Burro. Burro de carga em França durante mais de 30 anos, longe dos filhos, para depois morrer de ataque cardíaco, num passeio desse país, alguns meses depois de receber a reforma por invalidez.

Puta da Vida, tão puta, que moí por dentro, e talvez seja o meu inconsciente a rejeitar um pouco esta história.

Estou quase a escrever com o coração. Pelo que, ao ganhar consciência, sei que vais ficar feliz. Gostar não é só sorrisos, é também rejeitar mesmo admitindo que não lhe mudaríamos uma vírgula.

Continua o teu bom trabalho. E se pretenderes mais pormenores do que uma amadora como eu tem a dizer, já sabes como o fazer. bjos.







Manuel Alves disse...

Olá, Goreti. :)
A ficção imita a vida, a vida imita a ficção e, na troca de palavras imaginadas e acções realizadas, a literatura. Histórias de vidas, inventadas ou parecidas, às vezes lembradas, às vezes esquecidas. Recordações duras, nuas e cruas, mas também sortes melhores que levam as personagens e as pessoas ao caminho de coisas boas e as livram de azares piores. É a vida. :)

Unknown disse...

Olá Manuel :)

Este livro fala de sacrifício, de dor, tem prova de amor, tem firmeza nas escolhas, tem luta pelo que merece ser lutado, tem prazer em se ler, tem honestidade de ser. As suas palavras são um colo comovente com lágrima derramada onde a verdade é contada como importante lição e esperança de que todo o mal também tem a sua hora. A morte é o fim de tudo, mas não, o fim das lições que ficam para quem as quiser aproveitar para melhorar a sua, e a vida dos outros.
Gostei muito deste livro, muitos parabéns ;)
Beijinhos e boa continuação...