No fundo, bem lá ao
fundo, havia um pedacinho de verde perdido no horizonte do mundo. Era um
sorriso de paisagem ou apenas a minha imaginação a acenar-me de passagem. Não
sei. Passado o momento, não sei o que era. Mas olhei. E ainda bem, porque tudo
o que está de passagem não espera. Havia no céu azul uma clareza de vidro de
janela com transparência de limpeza. O horizonte era a linha dentada do monte.
Recortes de chão que, ao longe, me cabiam na palma da mão. A subir e a descer,
até onde a vista era capaz de ver. E eu, à janela, numa espera que não era mais
do que o desejo de me aproximar dessa paisagem e perder-me nela. Mas apenas
fiquei sentado aqui, a sonhar ilusões viajantes para terras distantes, por
causa de um pedacinho de horizonte que vi.
NOTA: ver em qualidade máxima, para nitidez do texto.
4 comentários:
A primeira vez que passei por aqui, não tinha o plug in do flash a funcionar corretamente, não percebi a ideia. agora já vi uns bocadinhos, e acho que demoro muito mais tempo a dizer muito menos. enfim, cada qual com o seu ritmo, o importante é ir realmente dizendo alguma coisa :)
o texto lembra-me uma certa paisagem que eu vi numa certa foto... bucólica ;) e algumas caminhadas por entre montes e vales que tenho feito.
Também gostei do print screen da história de "fantasia urbana". tenho alguma (ok, bastante) curiosidade em descobrir o que vem a ser isso porque pelo pouco que li, promete!
Dificuldades técnicas. :)
Este texto demorou menos de dez minutos mas podia ter demorado mais. Só se sabe estas coisas depois do ponto final.
Escrevi enquanto olhava pela janela. A paisagem vista de uma janela é capaz de nos dizer mais coisas do que a paisagem vista de uma foto. ;)
A história de fantasia urbana (do print screen que, suponho, viste na minha página do feicebuque) é algo que escrevi há anos, e que tinha atirado para o buraco negro da amnésia. Decidi que estava na altura de a recuperar. :)
Ultrapassadas as questões técnicas, é pôr-me a caminho. A paisagem sem o enquadramento da janela é convite que me apraz aceitar. Por muito que goste de viajar entre as quatro paredes, nada se compara a vê-las pelas costas e explorar até para lá do horizonte. E mesmo aquém da linha onde a terra encontra o céu, ainda tenho muito que descobrir... os prédios são muros muito altos, não não são intransponíveis. Tanta história, aqui tão perto, escondida atrás do betão... outras perspetivas sobre lugares tão conhecidos... estou a redescobrir, reenquadrar, repensar o espaço onde vivo. por causa de umas "cachinhas" :D
Sim, é essa a história :) aguardarei a recuperação e a partilha ;)
Quando o horizonte vive no pensamento todas as paredes são invisíveis. :)
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